Há muito tempo que o Vale do Silício não é o único pólo de empreendedorismo tecnológico e, a cada dia, o surgimento de novas startups acontece em uma escala cada vez mais global. A prova disso são os eventos internacionais de empreendedorismo que reúnem projetos inovadores de vários países diferentes.
A pouco tivemos uma demonstração disso. A Infosan, associada da StartupMS, foi a única startup brasileira a apresentar seu projeto durante a CeBIT, a maior feira de TI do mundo. No evento, a empresa apresentou sua plataforma de monitoramento ambiental, em um espaço compartilhado com outros 49 negócios de inovação tecnológica.
Aqui no Brasil, as iniciativas de fomento a atividade são boas: as aceleradoras se multiplicam e os parques tecnológicos disputam o título de “um novo Silicon Valley brasileiro”. Porém, a cultura empreendedora brasileira ainda apresenta certos entraves para o pleno desenvolvimento.
É claro que o tripé universidade-governo-iniciativa privada predominante no Vale do Silício o transforma no centro de fomento mais poderoso do mundo. Mas não é só isso. Lá existe o colaborativsmo entre as startups, é algo que já faz parte do cotidiano das empresas. Ninguém tem medo de compartilhar informações pensando que a ideia pode ser roubada.
Ao invés de pensar no pior, comecemos a imaginar o quão produtivo pode ser a reunião de ideias, a troca de experiências e o debate. Bom, acho que está na hora de promover o fortalecimento do nosso ecossistema. Quem sabe o novo Steve Jobs esteja por aí, temeroso em compartilhar seus projetos com a comunidade.