Simpatia é quase amor, mas não emplaca pauta. Um dos maiores ruídos de comunicação entre jornalistas de redação e assessores – e entre estes últimos e seus clientes – está na consistência das sugestões enviadas. O evento é legal, o personagem é interessantíssimo, a data é imperdível… Será mesmo?
Encontrar o gancho ideal para sua sugestão é o que livrará a mesma do limbo das caixas de e-mails das redações. É preciso oferecer dados consistentes, apresentar informações diferenciadas, nada óbvias, que possam ser exploradas pelo jornalista. Você, como leitor/ouvinte/espectador, quantas vezes se deparou com uma matéria e se perguntou a relevância daquilo, justamente porque não trazia nada de novo ou realmente prestasse um serviço à população? Um conteúdo vazio dá uma sensação imensa de que se perdeu um tempo valioso com aquilo.
Para o assessor, que se encontra nesse meio de campo entre o cliente e seu objetivo – a mídia –, é preciso um olhar afiado para extrair potenciais pautas dentro da dinâmica da empresa, do perfil profissional e pessoal do assessorado, dos eventos que ocorrem simultaneamente no mundo. O importante é jogar claro com o cliente sobre o que pode valer ou não para a divulgação (mesmo que ele ache o máximo determinado assunto) e tentar extrair a maior quantidade de dados, números, referências para juntar no liquidificador das ideias e disparar para os veículos um conteúdo bacana, fundamentado e útil.